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Este estudo realiza uma análise sobre o instituto da usucapião extrajudicial, sendo esta uma
importante ferramenta inserida no processo de desjudicialização de procedimentos nos quais não
acontece lide no ordenamento jurídico brasileiro. O objetivo deste estudo consiste em discutir sobre
os principais entraves existentes nos cartórios ante a realização da usucapião extrajudicial. Com a
pesquisa evidenciou-se que devido à sua recente implementação e as mudanças legislativas que se
referem à operacionalização do procedimento ainda existe uma certa resistência para a sua
implementaçao que pode ser explicada até mesmo pela falta de conhecimento sobre o tema e
insegurança dos registradores quanto à determinação do direito de propriedade ao requerente. A
dificuldade de comprovação da posse, considerada essencial para o prosseguimento do processo e a
dificuldade de arcar com os custos dos emolumentos também são responsáveis por um baixo número
de processos de usucapião extrajudicial. Embora o número de discussões sobre esse tema ainda
seja reduzido, os pesquisadores consideram que a utilização da usucapião extrajudicial tende a
aumentar no futuro, principalmente a partir da inovações trazidas pela Lei 13.465/17 que dá
orientações sobre a interpretação do silêncio no processo como concordância da parte, além de
instituir o processo de edital em substituição à notificação em casos que as partes não possuem
localização conhecida. |
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