Resumo:
Aumenta a cada ano o número de pessoas que se alimentam fora de casa. Essas pessoas muitas vezes acabam por se deparar com alimentos de qualidade duvidosa, que podem culminar em uma DTA ou até mesmo em um surto. A escalada no número de surtos de DTA’s no país é motivo de grande preocupação para a população e autoridades sanitárias, e boa parte destes surtos tem como alimento envolvido a maionese caseira. O objetivo deste trabalho foi avaliar microbiologicamente a maionese caseira servida em três estabelecimentos da cidade de Dores do Indaiá – MG. Para tal, foram utilizados os métodos de semeadura “pour plate” para a contagem de bactérias heterotróficas, método horizontal ISSO 6579 em profundidade sobre camada para detecção de Salmonella spp. e a técnica de inoculação em profundidade sobre camada para contagem de Coliformes a 45ºC. Não houve crescimento de bactérias heterotróficas ou foi detectada quantidade superior a 10 UFC/g de Coliformes a 45ºC em nenhuma das amostras. Também foi possível comprovar a ausência da bactéria Salmonella spp. em 25g de amostras. Os resultados obtidos atestam a qualidade microbiológica das amostras servidas, mas não isentam a maionese caseira da alcunha de grande responsável por boa parte dos surtos de DTA’s ocorridos no Brasil. Fatores intrínsecos e extrínsecos podem ter levado a tal resultado, mas não garantem a qualidade do produto.